Rua Francisco Martins Roriz (Largo da Lagoa)
Sobre a origem da Capela do Rosário conta-se que, a mulher do Capitão Francisco Martins Roriz, Micaela, perdera-se na mata. Ele então mobilizou seus escravos e pessoas da comunidade para a busca. Desesperado ante esse fato, fez o Capitão uma promessa: mandaria erguer uma capela em louvor à Virgem do Rosário, onde quer que encontrasse sua esposa. Pela madrugada um grupo de voluntários deparou-se com o seu corpo o qual foi, no mesmo local, sepultado.
O Capitão Francisco Martins Roriz requereu licença ao Bispo de Pernambuco para construir uma Casa de Orações. O Bispo D. Frei Luiz de Santa Tereza, a 14 de abril de 1748 assinou a provisão que permitia a criação da capela. O sesmeiro iniciou então a tarefa que durou 10 anos. O Vigário Pe. José Aranda de Andrade, da Vara ao tempo em que Açu era Curato, benzeu a Capela do Rosário, entregando-a ao culto público a 28 de abril de 1758. Curiosamente, a mais antiga capela não fora oferecida à Padroeira, N. S. da Conceição e sim, à N. S. do Rosário. Essa capela, triste pela sua história, é o primeiro marco religioso chantado nas alturas da Serra, nos meados do século XVIII. Por complicações na sua estrutura, foi remodelada em 1934 e sua entrada principal foi mudada para o nascente; contudo, essa capelinha ainda conserva sua fisionomia sisuda e acolhedora dos anos passados, quando a porta de peroba era aberta aos fiéis para a celebração da única missa dominical.
Ao lado direito da Capela do Rosário, está a rua que deu origem a Martins, chamada antes de Rua das Pedras e hoje Rua da Maioridade, em homenagem à maioridade de D. Pedro II. As calçadas das casas também eram construídas de pedras, sem uso de argamassa.